sábado, 12 de janeiro de 2013

Informativo 12 jan 13

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Livro sobre educação sexual tem versão em Braille
Redação Bonde

Ajudar pais e educadores a lidar com a sexualidade na infância e adolescência de maneira prática e objetiva a partir de fundamentos básicos da Educação Sexual. Esse é o objetivo do livro "Educação Sexual no dia a dia" que será lançado no início deste semestre. Mesmo antes de ser lançada a obra já tem edição em Braille. Cada livro em braile tem três volumes. No total foram produzidos 8 exemplares, que serão destinados a deficientes visuais da Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC), alunos das áreas de Pedagogia, Psicologia, Serviço Social e outros.

A autora é a psicóloga Mary Neide Damico Figueiró, professora do Departamento de Psicologia Social e Institucional, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), da UEL. Com edição da Editora da UEL (EDUEL) e Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC), o livro de 182 páginas é resultado dos estudos e debates do Grupo de Estudos sobre Educação Sexual (GEES), coordenado desde 1995 pela professora da UEL. O GEES conta com a participação de educadores, pais e profissionais da saúde e serviço social.

Mary Neide ressalta a importância didática da obra, enquanto recurso para sanar dúvidas de pais e professores sobre a Educação Sexual de crianças e adolescentes. "São situações e exemplos relatados por educadores e pais. Portanto, um meio eficiente de aprender sobre Educação Sexual de forma simples e descontraída", salienta. Segundo ela, o destaque é para as perguntas mais básicas sobre sexualidade feitas frequentemente pelas crianças no cotidiano escolar, no ambiente familiar e instituições sociais.

Entre outros assuntos, "Educação Sexual no dia a dia" também aborda em sub-capítulos a questão da prevenção do abuso sexual de crianças e do respeito à diversidade sexual. Portanto, além de fonte de pesquisa e referência em dissertações, monografias e trabalhos de conclusão de curso, a obra tem sido adotada em cursos de capacitação de professores da rede estadual de ensino.

Sobre a autora  - A psicóloga Mary Neide Damico Figueiró é professora do Departamento de Psicologia Social e Institucional, da Universidade Estadual de Londrina (PR), e mestre em Psicologia Escolar pela USP de São Paulo e doutora em Educação pela UNESP, campus de Marília/SP.


Médico indica educação sexual para evitar a gravidez precoce

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em torno de 22% dos adolescentes fazem sexo pela primeira vez aos 15 anos de idade, mas é crescente o número de jovens de 10 a 14 anos que também já praticam a atividade sexual. É nesta fase importante de autoconhecimento e incertezas que a falta de informação pode gerar uma gravidez inesperada ou mesmo a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis.
Para o médico ginecologista e obstetra Djalma Abrão, gravidez na adolescência é um problema de saúde pública a ser solucionado por políticas governamentais de instrução à comunidade. “O que acontece hoje é a transformação daquilo que é normal. O erotismo, que é uma atração normal pelo sexo oposto, é saudável, mas também é assunto que deve ser tratado com cuidado e na época certa. Costumo dizer que, na Bíblia, quando Deus criou o homem, Ele disse: ‘crescei-vos e multiplicai-vos’, ou seja, cresça primeiro, depois vá se multiplicar. Hoje, não, estão crescendo e se multiplicando ao mesmo tempo. É o primeiro erro, pois houve uma banalização do sexo”, afirma.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo IBGE em 2010, 6% do total de brasileiras na faixa etária de 15 a 17 anos, equivalente a 283 mil mulheres, tiveram filhos em 2009. Deste grupo apenas 35% eram casadas. O especialista destaca que a sexualidade tem sido veiculada como algo natural, especialmente pelos programas de televisão, filmes etc. “Tudo que se vê, qualquer propaganda, tem algum fundo erótico, o que pega em cheio a criança no início da puberdade, da adolescência, quando está inundada de hormônios e a atração física começa a aparecer. Na televisão pode não acontecer nada, mas na vida real acontece”, esclarece.
Djalma Abrão ressalta que há um desrespeito com a formação dos jovens. “Falta orientação sexual na escola, porque infelizmente temos outro problema: a família está ficando degradada, não há pai e mãe por perto ajudando na formação da criança. Muitas vezes, a educação sexual tem como base os amigos, sem que haja, na escola, a complementação da educação familiar para uma formação sexual adequada. Um profissional especializado, um educador sexual, para ajudar é extremamente importante, ele vai dar a orientação correta ao jovem”, completa Abrão.

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