sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Para casais felizes, sexo perfeito é reflexo de sintonia emocional



Para casais felizes, sexo perfeito é reflexo de sintonia emocional

Quanto mais felizes juntos, maior a satisfação sexual dos dois. Saiba o que torna o relacionamento uma fonte de alegria e prazer no dia a dia e na cama




“O coração dá as ordens e o corpo obedece”. Depois de receber o retorno de mais de 90 mil pessoas de todo o mundo em uma pesquisa sobre afetividade e sexualidade feita pela internet, esta foi a conclusão da sexóloga Pepper Schwartz, doutora em sociologia e professora na Universidade de Washington (EUA). Os resultados foram esmiuçados no livro “The Normal Bar: The Surprising Secrets of Extremely Happy Couples” (Random House, sem previsão de lançamento no Brasil; em tradução livre, “O Padrão Normal: Os Surpreendentes Segredos de Casais Extremamente Felizes”) e apresentados no 21º Congresso da Associação Mundial pela Saúde Sexual, que terminou ontem em Porto Alegre.

Os casais felizes não trocam o entrosamento por dinheiro nenhum, diz a pesquisadora Pepper Schwarz

O ponto de interesse do estudo é entender o que é considerado “normal” em termos de comportamento pelos casais que se declaram extremamente felizes e como a sintonia emocional interfere na vida sexual que eles levam. “Eles fazem mais sexo do que os casais médios ou infelizes e estão mais satisfeitos com o desempenho, tanto individual como em dupla, na cama. A pesquisa revelou que todos os aspectos positivos relacionados à sexualidade são mais frequentes entre quem é mais feliz com o relacionamento”, afirma Pepper.

De onde vem a felicidade?

Em grande medida, a felicidade deles se manifesta e se sustenta nos pequenos gestos cotidianos. Entre os mais mencionados por integrantes de casais em alta sintonia estão andar de mãos dadas, falar “eu te amo” a qualquer momento, dar as mãos ou se abraçar quando diante da TV ou de uma tela de cinema, dar e receber beijos e “selinhos” espontâneos, dar e receber cafuné, ter apelidos carinhosos e fazer demonstrações públicas de afeto.

Acontecimentos mais elaborados e memoráveis também entram na lista do que proporciona contentamento no dia a dia deles. 88% dos casais extremamente felizes fazem viagens românticas com duração de dois a dez dias pelo menos uma vez a cada três meses. Além disso, 75% das mulheres desse grupo ganham presentes românticos – flores, cartões, bombons, joias – sem motivo ou data especial.

E até o best-seller “Cinquenta Tons de Cinza”, de E.L. James, acabou entrando na vida dos casais em perfeita sintonia. Pouco mais de 50% desses homens e mulheres assumiram que passaram a usar brinquedos e acessórios eróticos depois de ler, juntos, o livro (veja no final da página uma galeria com 50 brinquedos para curtir a dois).
 
Tudo isso resulta em um companheirismo que não se desgasta com o passar dos anos, de acordo com a pesquisa de Pepper. Entre viver momentos felizes com o(a) parceiro(a) e ter uma carreira profissional com alto retorno financeiro, homens e mulheres em relacionamentos extremamente felizes ficam com a primeira opção, estejam eles na casa dos 20 ou dos 70 anos de idade. “Eles não trocariam o entrosamento por dinheiro nenhum”, diz. Por isso, não é de se estranhar que uma das características desses casais seja a disposição para superar adversidades de qualquer natureza (saúde, emprego ou família) juntos.

Alegria também na cama

A vida sexual também é beneficiada – e muito – pela sintonia emocional. Independentemente da faixa etária, casais extremamente felizes fazem sexo pelo menos três vezes por semana (“Os mais velhos lançam mão de medicamentos estimulantes abertamente, sem o menor problema”, conta) e estão plenamente satisfeitos com o desempenho individual e em dupla. Nos outros grupos, o sexo é bem menos frequente (de uma vez por semana a uma vez por mês) e, para 53% dos homens e 37% das mulheres, feito por obrigação.

A confiança e a cumplicidade também ajudam a colocar em prática pequenas alterações em prol do maior prazer sempre que necessário, pois nem homens nem mulheres têm vergonha de falar para o(a) parceiro(a) o que querem experimentar. No período da pesquisa, os homens revelaram que pediram novas posições sexuais, menos passividade e mais barulho na hora da relação. As mulheres, por sua vez, quiseram preliminares mais longas, menos previsibilidade e mais conversa durante o sexo. Todos garantiram que foram atendidos.

Como em um moto-contínuo, a sintonia emocional leva à satisfação sexual, que faz o casal agir com sintonia emocional logo em seguida. Absolutamente todos os casais extremamente felizes contaram que ainda na cama, depois do sexo, fazem pequenos ou grandes planos para o futuro próximo ou distante. E que não se imaginam nessa situação com nenhuma outra pessoa.
 
Fonte: http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=3&cid=173871



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Notícias – Aids



Notícias – Aids




Pela primeira vez, novos casos de aids têm queda, afirma ONU
Novas infecções diminuíram 33% entre 2001 e 2012; ação de combate global se inspirou no Brasil

Jamil Chade - Correspondente - O Estado de S. Paulo

A Organização das Nações Unidas (ONU) anuncia hoje que, pela primeira vez, o registro de casos de aids no mundo teve uma queda. Em um desempenho considerado histórico, o número de novas infecções pelo HIV caiu 33% em pouco mais de uma década. Em 2001, 3,4 milhões de pessoas foram contaminadas pelo vírus e, no ano passado, a taxa caiu para 2,3 milhões. Em pelo menos 26 países, o recuo foi superior a 50%.

Dados do informe da Unaids - agência da ONU de combate à doença - revelam também que houve redução de 30% na mortalidade em 2012, em relação ao pico, em 2005, quando houve 2,08 milhões de mortes. Em 2001, 1,9 milhão de pessoas morreram em decorrência da aids e, em 2012, foram 1,6 milhão.

Apesar da freada na proliferação do vírus, o número de pessoas infectadas no mundo continuou a subir no período - a sobrevida aumentou com o acesso ao tratamento. Em 2001, 30 milhões de pessoas no mundo viviam com o HIV - em 2012, eram 35,2 milhões. Desde o início da epidemia, nos anos 1980, 75 milhões de pessoas já foram infectadas.

Um dos dados mais comemorados dentro da Unaids é a queda de novos casos de crianças infectadas. Entre 2001 e 2012, a redução foi de 52%, com um total de 250 mil registros.

Funcionários da ONU não escondem que os números são surpreendentes - há apenas alguns anos, poucos imaginariam que a redução seria possível. A mudança aconteceu em grande parte por causa da decisão da agência de adotar o modelo brasileiro de garantir acesso ao coquetel antirretroviral como uma estratégia mundial. O tratamento ajudou também a barrar a contaminação por HIV.

Em 2005, 1,3 milhão de pessoas tinham acesso aos remédios no mundo. No fim do ano passado, o número chegou a 9,7 milhões. "Mas, apesar dos ganhos históricos em expandir os serviços de tratamento, o esforço para garantir um acesso universal enfrenta desafios consideráveis", alerta a Unaids.

Parte do sucesso obtido se deve ao crescimento do volume de recursos destinados para o combate à aids. Em 2002, existiam US$ 3,8 bilhões para atacar a doença. Hoje, são quase US$ 19 bilhões. Para 2015, a Unaids estima que serão necessários até US$ 24 bilhões.

O Brasil aparece como o País com o maior orçamento nacional para o combate à doença entre os emergentes. Por ano, são mais de US$ 745 milhões - a China, com uma população seis vezes maior, investe US$ 497 milhões, contra US$ 200 milhões na Tailândia e US$ 262 milhões em Botsuana. A Unaids, porém, alerta que o País, mesmo com todo o dinheiro para combater a doença, corre o risco de não atingir algumas das metas mundiais até 2015.

Perigo. Apesar dos avanços, a Unaids reconhece também que o mundo corre o risco de não atingir essas metas. A maioria dos países está longe de reduzir à metade o número de novos casos entre pessoas que injetam drogas ou das transmissões por relação sexual, conforme estabelecido nas metas de 2011.

A África continua o grande desafio. Das 35 milhões de pessoas com aids, 25 milhões estão no continente. Dos novos infectados por ano, 1,6 milhão são africanos. Quase todas as mortes também ocorreram lá: 1,2 milhão das vítimas mundiais.

Brasil tem queda de 38,9% na mortalidade

População infectada pelo HIV, no entanto, teve alta de 23,3% no período; especialistas veem com cautela dados da ONU

Fabio Leite - O Estado de S. Paulo

De mortes causadas em decorrência da aids no Brasil caiu 38,9% entre 2001 e 2012, aponta relatório da Unaids - agência da ONU de combate à doença. Ainda assim, no mesmo período, a população brasileira infectada pelo HIV saltou de um número mínimo de 430 mil pessoas para 530 mil, alta de 23,3%. A estimativa máxima do órgão é de crescimento de 540 mil para 660 mil contaminados, expansão de 22%.

Para infectologistas ouvidos pelo Estado, os dados indicam que o Brasil pode comemorar que os portadores do HIV têm vivido mais tempo por causa do maior acesso aos medicamentos - em 2012, foram no mínimo 11 mil mortes, ante 18 mil em 2001. Na estimativa máxima, a queda foi de 27 mil mortes, em 2001, para 19 mil em 2012 - a queda seria de 29,6%. O País, porém, ainda falha muito nas ações de prevenção, dizem os especialistas.

"Os portadores do HIV hoje vivem mais e melhor, é fato. Graças ao acesso aos medicamentos e ao diagnóstico precoce, que reduzem o porcentual de mortalidade. Mas isso não significa que esteja perfeito. Precisamos fazer muito mais", afirmou Juvêncio Furtado, diretor do Departamento de Infectologia do Hospital Heliópolis e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

O relatório da Unaids deixa claro, por exemplo, que o governo brasileiro precisa fazer novos esforços para conseguir avançar com o tratamento, ainda que o País seja o modelo que inspirou toda a resposta internacional da última década.

Hoje, 307 mil adultos recebem gratuitamente o tratamento contra a aids, uma taxa que representa entre 81% e 93% de todos os pacientes no Brasil que precisam de ajuda. O número de pessoas precisando de assistência, no entanto, pode chegar a 370 mil em 2015. A agência da ONU recomenda que o Brasil concentre seus esforços em garantir acesso pleno ao tratamento até lá.

Ponderação. Para o professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Mario Scheffer, os dados da ONU relativos ao Brasil devem ser ponderados. "A gente tem trabalhado com uma estabilização da mortalidade, mas num patamar muito elevado, na casa dos 12 mil", afirmou ele, citando dados do governo.

"Desperdiçamos a oportunidade de evitar mais mortes. O problema é que estamos lidando com a epidemia em grupos que hoje não são alcançados pelas políticas públicas tradicionais de prevenção e tratamento, como profissionais do sexo e usuários de droga", disse Scheffer. Em junho, o governo vetou campanha cujo lema era "sou feliz sendo prostituta", voltada ao combate da aids.

Tuberculose. Outra meta que o Brasil corre o risco de não cumprir é a de reduzir em 50% o número de mortes por tuberculose de pessoas com aids. Entre 2004 e 2012, o Brasil conseguiu uma redução de menos de 25% nas vítimas fatais por tuberculose, o que coloca o País ao lado de Sudão, Togo e Serra Leoa.

*colaborou Jamil Chade




terça-feira, 17 de setembro de 2013

Vinho e Sexualidade



Vinho e Sexualidade

Por Marlon Mattedi

 Psicólogo Especialista em Sexualidade Humana

Realiza atendimentos Online no Portal SEXOSEMDÚVIDA.com


Há tempos falo da relação íntima entre Vinho e Sexualidade. De que há mais de uma relação entre eles. Com fundamentos científicos estudos apontam as propriedades que ligam um ao outro.

De alterações na libido à saúde de artérias e veias, diálogos mais sinceros até encontro entre pessoas são observados em quem ingere moderadas e saudáveis quantidades desta bebida. Não é de se estranhar, aliás, é o resultado esperado. Baco, deus do vinho, sabia disto. Romanos consideravam o tal como promotor da paz. Vinho e sexo, sempre foram companheiros íntimos em grandes momentos.

Vinho fez união de amigos, aproximou amantes e esteve presente em encontros amorosos nos mais diversos cantos deste planeta. Subiu montanhas, esteve nas praias, foi aberto em clima romântico até orgias, e hoje é parte integrante do processo de sedução de uma boa parcela de casais neste mundo. Vinho vai além do álcool, vinho tem vida!  

Vale ressaltar que a diferença entre o veneno e o remédio está também na dose. Falo aqui da “apreciação” do vinho e não da sua dependência.

A aventura de apreciar um bom vinho é encantadora, prazerosa e saudável, algo semelhante a vivência do sexo de forma plena. Encantador prazeroso e saudável deveria ser também este último. Nas mesmas experiências, no sexo ou no vinho, ao vivencia-los com os 5 sentidos, visão, olfato, paladar, tato e audição, em ambos o prazer avisa que está por perto.  

Para um bom amante estimular os 5 sentidos é foco da sua atenção. Para um bom degustador de vinhos, o prazer não está no estomago. Começa na escolha e observação do vinho, com frequência também na companhia para degusta-lo, e desde a visão, o olfato até o paladar, todos os sentidos são estimulados. Ao fazermos uma boa harmonização com vinho, ou perceber a harmonização no sexo é nítido o prazer do momento.  

Alguns vinhos exigem que os degustemos com a alma para que possamos compreendê-los. Outros podem um desfrute tranquilo, para que ganhem espaço aos poucos. Mais uma vez o vinho próximo das relações íntimas humanas.

O vinho faz revelar segredos, o sexo também. Num vinho mostramos quem somos, no sexo também. O vinho transpõe medos, assim o sexo também faz. O vinho revela sonhos, o sexo também. Medos e desejos, sonhos e paixões surgem com vinho ou com o sexo.

Independente das reações que tal bebida pode provocar continua unindo amantes, reis e plebeus, senhores e escravos, amigos distantes ou próximos.

Há quem se questiona se tomamos o vinho ou é o vinho que nos toma. Há quem se pergunta se fazemos amor ou é o amor que nos faz.  De todas as formas, que tenhamos bons vinhos, muitos brindes e boas companhias.

Marlon Mattedi
Psicólogo CRP 12/03841