terça-feira, 27 de outubro de 2015

Conheça 15 detalhes sobre os órgãos sexuais que homens e mulheres não podem ignorar



Conheça 15 detalhes sobre os órgãos sexuais que homens e mulheres não podem ignorar


UOL Mulher
Heloísa Noronha Do UOL, em São Paulo

Por maior que seja a bagagem sexual, nem sempre a pessoa conhece bem seu corpo. E saber informações relevantes sobre a região genital ajuda a ter uma vida sexual de mais qualidade. Você sabia, por exemplo, que o membro masculino pode sofrer uma fratura? E qual a posição ideal para quem tem pênis pequeno? Ou, ainda, que qualquer mulher pode atingir o clímax dormindo, por causa da estimulação do clitóris durante o sono? Veja essas e outras curiosidades:

PÊNIS

1.Ele pode sofrer uma fratura

Durante a relação Segundo Valter Javaroni, chefe do departamento de andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, essa situação é mais comum do que se imagina. Quando o pênis está ereto, os dois cilindros que ficam no seu interior –os corpos cavernosos– estão rígidos e cheios de sangue. Se um grande impacto dobrar os cilindros, a parede deles pode se romper. “Pode acontecer se, durante a relação, o membro sair da vagina e se dobrar com o peso do corpo da parceira”, conta o médico. Os corpos cavernosos se rompem e o sangue que estava aprisionado, produzindo a ereção, vaza para a camada abaixo da pele, deixando o pênis arroxeado e disforme. "Homens que vivenciaram o problema contam que sentiram como se o membro tivesse se quebrado. Isso ocorre em relações sexuais com mais malabarismos e movimentos bruscos”, diz o terapeuta sexual Oswaldo Martins Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. Para reparar o acidente, é necessária uma cirurgia.

2. Adultos também têm “sonhos molhados”

A polução noturna, nome dado à ejaculação que acontece durante o sono, é típica do início da puberdade. Nessa época, a testosterona, hormônio masculino, começa a preparar o homem para a reprodução. Junto com isso, se inicia a produção de espermatozoides e de outras substâncias provenientes da próstata e das vesículas seminais que compõem o chamado líquido seminal. “Como o menino ainda não iniciou a vida sexual nem descobriu a masturbação, a polução funciona como se fosse uma válvula de escape para eliminar os líquidos produzidos. Tanto é que quando os rapazes começam a ter relação ou ejaculam através da masturbação, as poluções cessam”, explica Valter. Quando o homem adulto fica muito tempo sem ejacular, pode ocorrer algo semelhante. Não é tão frequente quanto na puberdade, mas acontece. “Se o homem estiver muito relaxado, sonhos eróticos também causam ejaculação, mesmo para quem tem vida sexual ativa”, diz a sexóloga Carla Cecarello.

3. Ejacular é diferente de gozar

Do pondo de vista fisiológico, ejacular e gozar são dois fenômenos distintos, comandados por sistemas neurológicos diferentes. "Ejacular é uma vivência física de prazer, com a eliminação do sêmen. Já o orgasmo é a percepção psíquica intensa do prazer desencadeado pela estimulação física associada à emoção que pode acompanhar o momento”, conta Cristina Romualdo, coordenadora do Instituto Kaplan, de São Paulo. “Apesar de grande parte dos homens não perceber essa diferença, ela existe. O fato de gozar não implica que tenha de haver uma ejaculação simultânea. Esse é, inclusive, um os princípios do sexo tântrico", diz a terapeuta sexual Isabel Delgado.

4. Sexo oral dá mais câncer de garganta do que cigarro

Uma pesquisa recente divulgada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, descobriu que o vírus HPV atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos. Como o HPV, para muitas pessoas, não provoca feridas nem dor, o sexo oral sem proteção facilita o contágio. "O ideal é que homens e mulheres usem preservativos para recebê-lo”, diz a terapeuta sexual Arlete Gavranic, do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática. Outro estudo, realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, apontou que pessoas que tiveram mais do que seis parceiros com quem praticaram sexo oral tinham nove vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta. Nos que já haviam tido algum tipo de infecção provocada pelo HPV, o risco subia 32 vezes.

5. Tamanho G afasta parceiras

Na opinião dos especialistas, quem se preocupa com as dimensões do pênis são os próprios homens. As mulheres não só não ligam para isso como se sentem incomodadas com os chamados superdotados. "Geralmente, a parceira se queixa de dor durante a penetração, o que torna a relação sexual, muitas vezes, frustrante e pouco satisfatória", diz Cristina Romualdo. Para tudo dar certo, a mulher deve guiar o homem na posição que julgar mais satisfatória, sem provocar incômodos. De acordo com a sexóloga Carla Cecarello, as mais indicadas são a de conchinha, a clássica papai-mamãe e em pé, que permitem que a mulher controle a profundidade e a intensidade da penetração.

6. Tamanho P não é problema para elas

Em contrapartida, o ditado "os menores frascos guardam os melhores perfumes" pode ser aplicado ao sexo. Segundo pesquisas recentes do o I Consenso Brasileiro de Urologia, o comprimento normal do pênis dos brasileiros, em ereção, varia entre 12,9 cm e 14,1 cm. São considerados pequenos, eretos, os membros menores de 7,5 cm. “A dificuldade para o homem é conseguir manter a penetração, pois muitas vezes, o pênis escapa da vagina”, diz Cristina. Para evitar, o ideal é que a mulher suba no parceiro deitado de barriga para cima. A posição com a parceira de quatro também garante prazer. A área inicial da vagina, logo na entrada, é a parte mais rica em terminações nervosas e mede cerca de 2 a 3 cm.

7. Truques para parecer maior

Primeiro, é fundamental largar o cigarro: fumar pode provocar uma obstrução parcial dos vasos sanguíneos dos corpos cavernosos e prejudicar a ereção. Como o pênis não se estica por completo, parece menor. Emagrecer também é uma boa ideia, já que o excesso de peso pode esconder o pênis, fazendo com que ele pareça menor do que é. Isso acontece porque a base fica encoberta pela gordura extra que se acumula na região púbica. Para quem prefere lançar mão da ilusão de ótica, vale a pena aparar os pelos pubianos. Quando muito volumosos, eles encobrem a parte inicial do membro. Em casos extremos, de pênis menores que o padrão considerado pequeno, alguns médicos indicam a cirurgia. “O urologista recorre a técnicas de lipoaspiração da gordura na região pubiana, secção de ligamentos, injeção de gordura e plásticas na pele para dar um aspecto maior ao pênis”, conta Valter.

8. Brincadeiras causam doenças

Mergulhar o pênis na taça de vinho ou champanhe para tornar o sexo oral mais divertido e saboroso pode render uma bela dor de cabeça. “As bebidas alcoólicas são adstringentes e podem ressecar a mucosa da glande, provocando desconforto, reações alérgicas e até uretrite”, conta a Arlete. Melhor evitar o contato com essa região. O mesmo conselho serve para brincadeiras com gelo –qualquer pedrinha, em contato com o pênis, oferece o risco de queimaduras.

VAGINA

1.Masturbação melhora o humor

“A masturbação melhora a circulação sanguínea, é um exercício muscular de baixa intensidade e que sempre será muito útil para toda a musculatura do corpo, trazendo bem-estar e melhorando o humor de qualquer mulher”, declara Oswaldo Martins Rodrigues Jr. Para a ginecologista e obstetra Caroline Alexandra Pereira de Souza, da Clínica BMS, de São Paulo, a masturbação oferece prazeres e sensações diferentes do que o coito. "O conhecimento do próprio corpo reforça a autoestima, já que a mulher se sente mais segura e confiante sobre como atingir o clímax, o que é válido, principalmente, para quando for para a cama com alguém", conta.

2. Mulher pode gozar dormindo

O reflexo orgásmico costuma ocorrer durante a fase de sono que permite movimentos físicos e se associa à ocorrência de sonhos, mesmo que não tenham conteúdo sexual. “Durante o sono não há repressões, regras, limitações, restrições. A mulher se solta e não há nada que a segure. Normalmente, as sensações fazem com que ela una as pernas, apertando o clitóris, o que conduz ao orgasmo”, explica Carla.

3. Excesso de higiene faz mal

A higiene excessiva pode diminuir as defesas da vagina, tornando-a suscetível a doenças. O ideal é utilizar um sabonete adequado à área íntima, já que as versões em barra normalmente têm um pH alcalino, o que ajuda a anular o pH vaginal, que é ácido. Muitas mulheres, durante a fase da ovulação, apresentam um corrimento sem cheiro, que não coça e têm uma coloração parecida com a de uma clara de ovo. Usar absorventes diários para contê-lo e evitar a sensação de sujeira pode gerar vaginites.

4. Falta de sexo pode deixar musculatura flácida

Toda musculatura que não é exercitada perde tonicidade e pode ficar flácida. Isso serve também para a que fica ao redor da vagina. Segundo Oswaldo, muitas mulheres passam anos da vida sexual com dores no inicio da relação sexual, que cessam após a penetração. “O organismo, para se livrar da dor, aprende a relaxar, abrindo mais facilmente a entrada da vagina. Sem o exercício de contração frequente, a vagina se afrouxa", explica o especialista.

5. Odor é sedutor

De acordo com Caroline, o momento em que a mulher fica mais atraente para o homem é durante a ovulação, que ocorre aproximadamente 14 dias antes da menstruação. Além do corrimento característico, a vagina exala um aroma característico, mais marcante, que é excitante para os homens. Nessa fase, ainda, toda mulher secreta feromônios, substâncias químicas com a função de atrair o sexo oposto.

6. Clitóris só serve para dar prazer

O clitóris é a única parte da anatomia que tem finalidade apenas erótica. “Ele se assemelha bastante a um pênis na sua estrutura, e é onde a maioria das mulheres obtém o orgasmo", conta Isabel. Isso não exclui a sensibilidade da vagina. "É claro que a estimulação do clitóris desencadeia um prazer intenso, fisiologicamente, muito maior do que a da vagina. No entanto, a vivência do prazer é uma percepção subjetiva, ou seja, muitas mulheres podem sentir muito mais prazer na vagina do que no clitóris", explica Cristina Romualdo.

7. Localização exata do ponto G

Embora alguns estudiosos contestem a existência do ponto G, a maioria dos especialistas em sexualidade afirma que pelo menos 1/3 das mulheres conseguem reconhecer essa região dentro da vagina. “Ele pode ser alcançado com a introdução do dedo indicador na vagina. Na ponta do dedo, entre o útero e entrada da vagina, a mulher poderá perceber uma área enrugada, parecida com o céu da boca, logo atrás dos dentes frontais. É o ponto G”, explica Oswaldo Martins Rodrigues Jr. Sua percepção só é possível quando a mulher atinge um ponto bastante elevado de excitação sexual. “É necessário que grande quantidade de sangue se localize nos genitais, provocando o ingurgitamento do ponto G e, consequentemente, sua localização e a sua estimulação torna-se extremamente prazerosa", declara Cristina.

Texto publicado originalmente em: Uol Mulher