terça-feira, 27 de agosto de 2013

Investir em ferramentas de prevenção de baixo custo pode evitar milhões de novas infecções pelo HIV, aponta relatório internacional



Investir em ferramentas de prevenção de baixo custo pode evitar milhões de novas infecções pelo HIV, aponta relatório internacional


A taxa de novas infecções de HIV em adultos e adolescentes não caiu desde 2007, mas um grande leque de novos produtos para prevenir a transmissão da doença poderia reduzir as 2,5 milhões de novas infecções anuais se eles se tornassem acessíveis, de acordo com um relatório lançado esta semana pelo UNITAID, organização internacional baseada em Genebra e apoiada pela Organização Mundial da Saúde.


No único estudo abrangente até o momento sobre o mercado das ferramentas de prevenção do HIV, o UNITAID mostra como os preços altos, a baixa capacidade de produção e de demanda ainda são barreiras ao uso desses produtos nos países em desenvolvimento.

“As camisinhas masculinas são uma ferramenta bem sucedida e com bom custo-benefício para prevenir o HIV, e esperamos que outros produtos estejam disponíveis em breve”, disse o Diretor Executivo do UNITAID, Denis Broun. "No entanto, muitos deles - como os dispositivos de circuncisão masculina ou métodos baseados no tratamento de HIV - ainda não estão disponíveis, ainda não foram aprovados para uso ou são demasiado caros para os mais pobres do mundo."

O relatório do UNITAID mostra as armadilhas dos monopólios para alguns destes dispositivos. Um exemplo recente ocorreu em maio de 2013, quando a Organização Mundial da Saúde aprovou pela primeira vez um dispositivo não cirúrgico para a circuncisão masculina adulta. Conhecido como PrePex, cada dispositivo de fácil produção supostamente custa cerca de 20 dólares, o que vai levar a Unitaid a gerar mais concorrência no mercado para trazer os preços para baixo. A não ser que os fabricantes adicionais entrem no mercado e o financiamento da pesquisa seja disponibilizado, os preços podem ficar altos. A circuncisão de homens adultos reduz o risco de transmissão do HIV da mulher para o homem em 60%.

 
O relatório também descreve alternativas para dispositivos destinados a mulheres com vida sexual ativa, como o preservativo feminino e gel vaginal microbicida. A camisinha feminina é 20 vezes mais cara do que a masculina, mas inovações nesse campo prometem melhorar sua aceitabilidade, e a expansão da produção poderia crescer de maneira acessível. Enquanto isso, géis microbicidas baseados em antirretrovirais também se mostraram promissores. 

Uma experiência clínica na África do Sul em 2010 mostrou redução na infecção de HIV de 39%. Atualmente, nenhum gel foi aprovado para uso e o relatório mostra que apenas dois produtos têm uma chance mínima de entrar em circulação nos próximos anos.

“No mundo todo, uma mulher é infectada pelo HIV a cada minuto e em um país como a África do Sul 28% das garotas em idade escolar são soropositivas, comparado a 4% dos garotos”, complementou Dr. Broun. “Há uma escassez de produtos de prevenção a preços acessíveis para mulheres e meninas - isso tem que mudar”.
 
De acordo com o Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), concentrar os recursos nas intervenções de prevenção com melhor custo-benefício evitaria 12,2 milhões de novas infecções e 7,4 milhões de mortes durante a década atual.
 
Redação da Agência de Notícias da Aids, com informações do UNITAID

Fonte: http://www.agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=21251

sábado, 24 de agosto de 2013

Parente é pior que chefe



Parente é pior que chefe

Os relacionamentos estressam mais que o trabalho e o trânsito, revela uma pesquisa inédita no Brasil. Quatro estratégias para lidar com ele 

CRISTIANE SEGATTO
23/08/2013

A psicóloga Marilda Lipp é uma das principais pesquisadoras das causas, consequências e tratamento do estresse no país. Pós-doutora pelo National Institutes of Health, dos Estados Unidos, ela é autora de 22 livros e dirige a clínica privada Centro Psicológico de Controle do Stress (CPCS). Em seu mais recente projeto, Marilda decidiu aplicar no Brasil uma pesquisa on-line, de acordo com o método usado nos EUA pela Associação Americana de Psicologia.

Pela internet, Marilda conseguiu em abril e maio deste ano uma amostra inédita em pesquisas do gênero: 2.195 participantes, de várias regiões e de todos os níveis de renda e escolaridade -- de faxineiras a pós-doutores. O resultado, divulgado com exclusividade por esta coluna, foi surpreendente.

Os fatores que atualmente mais estressam os brasileiros:
1) Relacionamentos (18%)
2) Problemas financeiros (17%)
3) Sobrecarga de trabalho (16%)
4) Trabalho em si (13%)
5) A maneira de pensar do entrevistado (8%)

E o trânsito? A violência? A péssima qualidade de vida nas grandes cidades? 

Sim, esses ladrões de saúde apareceram entre as respostas espontâneas, mas foram muito menos citados que as dificuldades de relacionamento. A esfera privada, segundo os entrevistados, estressa mais que os fatores relacionados à coletividade. 

De todos os tipos de relacionamento que provocam estresse, os mais frequentes foram os familiares (7,85%), os amorosos (7,01%), a convivência com colegas de trabalho (2,12%) e com o chefe (1,58%).

“Os brasileiros estão confusos em relação ao papel de cada um na família. Os valores mudaram e faltam limites. Os adolescentes não sabem mais o que é normal e o que não é. Isso tudo complica os relacionamentos e faz sofrer”, diz Marilda.

Dificuldades de relacionamento em casa afetam mais a autoestima e a segurança que os problemas no âmbito profissional. “Quando o foco do problema é o trabalho, a pessoa pode tentar deixá-lo lá quando vai embora Se o que vai mal é a família, tudo fica mais difícil.”

Difícil não quer dizer impossível. Sempre há como melhorar as habilidades de comunicação dentro de casa, discutir e rever valores e criar normas de acordo com a visão da família – e não por pressão social. É fundamental empreender um esforço para priorizar uma área da vida que é de suma importância para a saúde emocional e física. 

Não por acaso, os participantes disseram sofrer de doenças que têm forte relação com o estresse, como hipertensão, asma, gastrite, depressão, ansiedade e doença do pânico.

Outros dados interessantes: 
34% sentiam que o nível de estresse estava extremo no momento da pesquisa 
37% relataram que o nível de estresse era maior em abril que no ano anterior
63% fazem atividade física para aliviar o estresse – o que é ótimo!
53% comem para aliviar o estresse – o que é péssimo!
75% conversam com amigos ou familiares para aliviar o estresse

“Se conversar com familiares e amigos é a primeira estratégia e as relações interpessoais estão conturbadas, a pessoa fica sem apoio”, diz a pesquisadora.  

Outras estratégias podem ser cultivadas. Marilda sugere quatro pilares de combate ao estresse. Os três primeiros aliviam sintomas e dão sensação de bem-estar. O quarto pode debelar a pressão excessiva, aquela que compromete a saúde.

1) Mexer o corpo
Descubra a atividade física que você gosta. Se não pode pagar uma academia, encontre outra forma de praticar exercícios. Caminhar, correr, pular corda, jogar futebol não custa nada – ou muito pouco.

2) Relaxar
Cada pessoa relaxa a sua maneira. Se você relaxa depois de praticar ioga, ótimo. Se relaxa assistindo à TV, ótimo também. Não há uma receita única. O importante é reservar 20 minutos diários para descontrair e esvaziar a cabeça. Praticar respiração profunda várias vezes ao dia é uma boa estratégia. Não custa nada, é rápido e oxigena o cérebro. Marilda ensina como fazer isso no livro Relaxamento para todos.

3) Comer bem
Habitue-se a comer de forma equilibrada. Adote uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras. Em momentos de muita tensão, usamos os nutrientes para lidar com tudo o que nos ameaça. 

4) Fazer terapia
Se não puder pagar um psicólogo, reflita sobre o que é prioritário e vida de acordo com essas prioridades. Respeite seus limites e aprenda a dizer “não”. Procure ter uma visão positiva da vida. Nem sempre o que nos faz sofrer são os acontecimentos em si, mas a leitura que fazemos deles.

Tudo isso parece autoajuda e, de fato, é. Ninguém melhor do que você para ajudá-lo a se relacionar e viver melhor.

(Cristiane Segatto escreve às sextas-feiras)

Fonte: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/cristiane-segatto/noticia/2013/08/parente-e-bpior-que-chefeb.html

Muitos desejos sexuais não convencionais são normais



Muitos desejos sexuais não convencionais são normais


O que as pessoas fazem na cama é objeto de muita curiosidade, excitação e culpa. Muitas pessoas têm desejos que mantêm ocultos e não realizados porque temem que eles sejam anormais (“parafílicos”), porque sentirão vergonha e culpa caso os coloquem em prática e porque calculam que serão rejeitadas e condenadas por outras pessoas que fiquem sabendo dessas suas predileções. A boa notícia para essas pessoas é que muitas das parafilias agora são consideradas normais.

Neste artigo vamos examinar um pouco da lógica daqueles que tentam classificar como anormais ou anormais as práticas sexuais convencionais e não convencionais. 

O desejo por práticas sexuais procriativas

As práticas sexuais mais excitantes para homens e mulheres são aquelas que podem levar à procriação. Vejamos algumas evidências que confirmam essa afirmação.

Práticas sexuais mais excitantes para homens e mulheres americanos
O livro “Sex in America” (ver a nota 1, no final do artigo) apresenta os resultados e de um estudo realizado com uma amostra representativa da população americana. Esse estudo apontou as seguintes práticas sexuais como as mais excitantes, tanto para homens como para mulheres (havia algumas diferenças nas percentagens entre os sexos):
- Intercurso vaginal
- Ver o parceiro tirar a roupa
- Receber sexo oral
- Prover sexo oral

Fantasias sexuais de pós-graduandos brasileiros
Realizamos um estudo sobre as percentagens de incidência de 57 práticas sexuais nas fantasias de 50 pós-graduandos (25 homens e 25 mulheres) de uma universidade da cidade de São Paulo (ver a nota 2 no final deste artigo). Essa pesquisa identificou as seguintes práticas sexuais como as mais presentes nas fantasias tanto dos estudantes homens como das mulheres:
- Tocar/beijar sensualmente
- Ser sensualmente tocado/beijado
- Beijar/acariciar o peito nu do parceiro
- Abraçar e acariciar o pescoço
- Seduzir o parceiro
- Ser seduzido pelo parceiro
- Ver o parceiro despir-se/despir-se diante do parceiro/ despir-se mutuamente
- Masturbar o parceiro
- Ser masturbado pelo parceiro
- Ter os seus genitais oralmente estimulados pelo parceiro (sexo oral).

Mais do que 90% dos universitários, homens e mulheres, relataram que tiveram cada uma das práticas sexuais acima, pelo menos uma vez na vida.

A nossa pesquisa confirmou a tendência das pessoas fantasiarem coisas que preparam ou são atos sexuais procriativos. Nesta pesquisa que realizamos, foram incluídas como opções de respostas várias práticas sexuais que são consideradas como “preliminares” do sexo propriamente dito. Essas preliminares não foram incluídas na pesquisa americana. A nossa pesquisa não incluiu o intercurso vaginal como opção de resposta na lista das possíveis fantasias.

Ambas essas pesquisas, e tantas outras que cujos resultados vêm sendo publicados, mostram que as práticas mais excitantes para a grande maiorias das pessoas são aquelas direta ou indiretamente relacionadas com a procriação.

Outros tipos de prática como, por exemplo, humilhar o parceiro, sexo com animais e vestir-se com roupas do sexo oposto raramente foram consideradas excitantes ou objeto de fantasia.

A bagagem genética favorece o sexo procriativo
A nossa bagagem genética nos predispõem para práticas sexuais que antecedem, preparam e efetivam o sexo procriativo. Ou seja, aquilo que é excitante para grande parte das pessoas geralmente são atos que propiciam o clima adequado para a cópula (beijos, carinhos, carícias), antecedem a cópula (despir-se para o parceiro, ver o parceiro despir-se), estimulam as zonas erógenas para aumentar a excitação (masturbação e sexo oral) e o sexo vaginal.

A simples existência da humanidade é uma prova que o sexo procriativo foi praticado pelos nossos ancestrais. O fato da população do mundo ter crescido é uma evidência que indica que este tipo de prática acontece mais frequentemete do que seria necessário para a manutenção da população. Vários estudos, como os dois resumidos acima, apresentam esse tipo evidência que confirma a preferência pelo sexo procriativo.

Algumas práticas não procriativas funcionam como prato de entrada para o prato principal. Provavelmente, elas também são adaptativas porque preparam os envolvidos para a prática sexual principal, o sexo vaginal.

Diversas funções não reprodutivas do sexo também são normais: recreação, prazer e vincular
O motivo imediato para praticar sexo não é a procriação. Esta é apenas a sua consequência mais remota (causa distal). A causa imediata (“proximal”) mais importante da prática sexual é o prazer que ele proporciona. Aliás, se o sexo não for prazeroso, os órgãos sexuais não funcionam direito (lubrificação, dilatação da vagina, intumescimento, ereção, etc.). Outra consequência mais imediata da prática sexual é a promoção do vínculo entre aqueles que praticaram o sexo. A prática sexual ainda possui muitas outras funções como relaxar, melhorar a saúde e recreacional.

Todos os animais que têm reprodução sexuada não praticam a fecundação com o obtivo explícito de se reproduzirem. Aliás, não é possível imaginar que os animais não humanos tenham consciência da ligação entre sexo e reprodução, queiram gerar filhotes e pratiquem o sexo com esta finalidade. A única exceção a este respeito é o ser humano que eventualmente pode ter a reprodução como a sua principal motivação para iniciar o sexo.

Parece que os animais, principalmente nós humanos, geralmente transamos por prazer. No entanto, a possibilidade de prazer está tão vinculada à fecundação que a maioria dos animais não humanos, ao que tudo indica, só têm desejo e copulam quando estão em seus períodos férteis.

No caso humano, o sexo também serve para solidificar e manter o vínculo. A natureza nos preparou para acharmos o sexo atraente mesmo quando ele não serve para fins procriativos. Por exemplo, a fêmea humana não apresenta transformações corporais, comportamentais e odoríficas quando estão no período fértil que podem ser notadas com facilidade. Elas não apresentam esses sinais no período fértil e somem com eles quando saem deste período, quando o sexo não serve mais para procriar, tal como ocorre em outras espécies de animais. 

Pelo contrário, os atributos e comportamentos que atraem sexualmente os parceiros foram perenizados na fêmea humana– elas são sexualmente atraentes o tempo todo, durante boa parte de suas vidas, independentemente do fato delas estarem ou não aptas para a fecundação.

A grande maioria das pessoas não saberia dizer se uma mulher está ou não no seu período fértil. A maioria das mulheres também não sabe dizer se elas próprias estão no perído fértil. Para saber isso, geralmente elas têm que calcular quanto tempo já se passou desde o início da última menstruação.

Esses fatos indicam que a natureza preparou a nossa espécie para fazer sexo o tempo todo e não só na época do período fértil. Essa perinização dos atributos atrativos é uma forte indicação de que também é natural e funcional fazer sexo por outros motivos, além da procriação.

As parafilias são atrações sexuais por práticas, objetos e pessoas que, se forem exclusivas, não terão a função reprodutiva. No entanto, como elas podem ter outras funções que agora não são mais consideradas anormais, quando acontecem dentro de certos limites. Vamos examiná-las brevemente, agora.

Parafilias 
A parafilia acontece quando o desejo sexual mudou de endereço.
 
Recentemente a trilogia “Cinquenta Tons de Cinza”, de Erika Leonard James, fez o maior sucesso, vendendo milhões de cópias. Essa trilogia apresenta a história de uma estudante de literatura que vai entrevistar um milionário (Christian Grey – cujo sobrenome inspirou o nome da trilogia) para o jornal da faculdade e acaba se tornando sua escrava sexual. Essa trilogia relata as práticas de bondage, sadismo e masoquismo desenvolvidas entre os personagens. Essas práticas sexuais são algumas daquelas que são classificadas como “parafilias”. Já foram classificados mais de 500 tipos de parafilias. Os principais tipos de parafilia catalogados no DSM-IV são as seguintes: exibicionismo, fetichismo, flotteurismo, pedofilia, masoquismo, sadismo, fetichismo transvéstico e voyerismo.

A palavra “parafilia” significa “amor pelo diferente (em grego,  παρά = ao lado e -philia φιλία = amizade). Essa palavra é usada para descrever a excitação sexual intensa por objetos, situações ou indivíduos atípicos.

O que é considerado “atípico” depende da cultura. Por exemplo, na nossa cultura, há algum tempo, a masturbação era considera uma parafilia.

O DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) é uma espécie de catálogo internacional de transtornos mentais e de critérios para os seus diagnósticos, A última versão do DSM, a V, considera que as parafilias são práticas sexuais normais. Apenas quando elas causam sofrimento ou prejuízos para o praticante ou para terceiros é que elas são classificadas como “disfunções parafílicas” e exigem intervenções terapêuticas.

As parafilias podem ser classificadas como opcionais (uma maneira alternativa de obter excitação para o sexo convencional), preferidas (a pessoa prefere a parafilia ao sexo convencional) e exclusivas (a pessoa só se engaja na atividade parafílica e não na convencional). Quase todo mundo pratica algum tipo de parafilia opcional e isso é perfeitamente saudável.

Os parafílicos são aqueles que erotizaram objetos, áreas do corpo e atividades que, para a maioria das pessoas, não são nada eróticos ou até aversivos. Como esses objetos e práticas se tornaram excitantes para eles? O que é mais surpreendente é que, em certos casos, essas práticas podem se tornar mais atraentes do que o sexo vaginal e até excluir completamente este tipo de prática!

Se conhecêssemos melhor os mecanismos que tornam algo atraente, poderíamos erotizar a vontade muita coisa. Se conhecêssemos os mecanismos que deserotizam ou que combatem a motivação para certas coisas, poderíamos atenuar ou eliminar a atração por certas coisas que nos prejudicam ou prejudicam a terceiros como a pedofilia.

A sua vida sexual está insatisfatória? Procure a ajuda de um psicólogo.

NOTAS
1- Michael, R. T., Gagnon, J. H., Laumann, E. O, and Kolata,G. (1995). Sex in America. New York: Warner Books. 
2- Chiapetti, N., Silva, A.A., Serbena, C.A. e Hasse, M. (2002). Fantasias sexuais de acadêmicos de pós-graduação. Psico UTPonlinen. 01 (revista eletrônica de psicologia);  www.utp.br/psico.utp.online(acessado em 17/08/2013)
Você tem alguma parafilia e gostaria de ser entrevistado? Mande uma mensagem para o meu e-mail: ailtonamélio@uol.com.br


Fonte: http://ailtonamelio.blog.uol.com.br/