sexta-feira, 11 de abril de 2014

Poliamor, antes considerado errado, hoje ganha adeptos



Poliamor
antes considerado errado, hoje ganha adeptos


Carolina Freitas
Psicóloga, Mestre em Psicologia
Sexóloga, especialista em Educação Sexual
Realiza atendimentos Online no Portal SEXOSEMDÚVIDA.com

O Poliamor tem estado em voga na mídia. Antes considerado errado, hoje ganha adeptos. Na verdade não é novo, é apenas uma forma de amar que vem sendo mais bem conhecida e reconhecida. E, com isso, muitas dúvidas surgem. É sexo sem compromisso? Sexo casual? Relacionamento aberto? Pouca vergonha? Promiscuidade? Infidelidade? Há vínculos afetivos?

O poliamor é uma forma de relacionamento na qual os envolvidos mantêm relacionamentos íntimos (afetivo-sexuais) com mais de uma pessoa ao mesmo tempo, todos sabem e aceitam essa forma de relação. É importante ter consentimento de todos os envolvidos na relação.

Assim, no poliamor todas as pessoas envolvidas estão a par da situação e se sentem confortáveis com ela. Aceitam e vivem os sentimentos que se tornam realidade em relação a mais de uma pessoa ao mesmo tempo e que vão para além do sexo em si. E, para os adeptos do poliamor estar apaixonado por mais de uma pessoa não tem relação com amar menos e sim amar todos.

Diferente do amor romântico (monogâmico), o poliamor não acredita na monogamia, na exclusividade. Ele valoriza a lealdade e não a fidelidade. Sim! Os adeptos acreditam que é possível amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. As regras e limites do relacionamento vão de acordo com os envolvidos na relação.

Por fim, o poliamor é um modo de vida que já está no nosso cotidiano. É uma nova forma de conjugalidade – ser um “casal” com mais de duas pessoas. É uma nova forma de família, vide o registro o Registro de União Afetiva Plural - 'união estável‘, direitos e obrigações de cada um realizada num cartório, no interior de São Paulo, em 2012.

Carolina Freitas - Psicóloga Especialista em Educação Sexual CRP 09/8329 (Inscrição anterior CRP 01 de 13/03/1998 a 05/12/2012)



quinta-feira, 3 de abril de 2014

Medo de sexo. Entenda a Falofobia.



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Medo de sexo. Entenda a Falofobia.


 Carolina Freitas
Psicóloga, Mestre em Psicologia
Sexóloga, especialista em Educação Sexual
Realiza atendimentos Online no Portal SEXOSEMDÚVIDA.com

Alguns temas em sexualidade humana são pouco conhecidos e, talvez por isto, pouco discutidos. Recentemente, chegou ao meu consultório uma paciente com uma nova demanda: a falofobia.
  
Antes de falar sobre a falofobia vamos primeiro entender o que é a fobia. Fobia é o temor, a aversão (veja que é mais que um medo) exagerada a situações, animais, objetos, pessoas, coisas. O exagero está em dar uma proporção maior ao real, causado pela ansiedade. Não é uma simples relação de causa e efeito.

Um exemplo: a pessoa ter experiências sexuais ruins não se tornará necessariamente fóbica sexual. A fobia sexual é conceituada pela evitação, aversão em ter sexo com parceiros(as), na qual estão presentes os sentimentos de repulsa, ansiedade e medo. É uma rede de fatores que requer tratamento.

Para entender melhor, vamos desmembrar a palavra: falofobia = falo + fobia, ou seja, pênis + aversão = medo irracional do pênis. A pessoa que tem falofobia, podendo ser mulher ou homem, apresenta um temor desproporcional não só ao pênis, mas a situações a ele relacionado. Como, por exemplo, aversão ao sexo oral ou ainda medo irracional ao tocar e até mesmo ver o pênis quando ereto, ou não.

A pessoa falofóbica apresenta além de sintomas físicos (taquicardia, sudorese, tremores, dentre outros), sintomas emocionais (sentimento de culpa, dificuldade em se envolver num relacionamento amoroso, dentre outros). Diferente do que se possa pensar não tem necessariamente relação com traumas. Experiências ruins na infância e na juventude podem causas dificuldades na vida adulta, mas não necessariamente fobia, nem falofobia. É também uma rede de fatores que requer tratamento.

Da mesma forma que outras dificuldades sexuais, a falofobia pode ser tratada. Os sintomas e conflitos por ela disparados podem ser compreendidos e trabalhados. Para tanto, é necessária a motivação pessoal e a busca por especialistas. Lembrando que conversar sobre o tema é o primeiro passo para a solucioná-lo. Caso seja o seu caso, busque por um(a) terapeuta sexual.

Carolina Freitas - CRP 09/8329 (Inscrição anterior CRP 01 de 13/03/1998 a 05/12/2012)