domingo, 23 de março de 2014

Homossexualidade não é doença



Homossexualidade não é doença

Por Carolina Freitas

Mestre em Psicologia, Psicóloga, Sexóloga, especialista em Educação Sexual


A homossexualidade é um tema repleto de preconceitos e dificuldades. Mas, de forma simples, a homossexualidade nada mais é que uma das formas do desejo sexual se apresentar – heterossexual (desejo por indivíduo do sexo oposto), homossexual (desejo por indivíduo do mesmo sexo), bissexual (desejo por indivíduos do mesmo sexo e do sexo oposto).

Quando se fala em comportamento homossexual masculino ele pode se apresentar de três maneiras: ativo (aquele que exerce ação de penetrar), passivo (aquele que sofre a ação de penetrar) ou híbrido (aquele que sofre e exerce a ação de penetrar). O comportamento pode ainda se apresentar de forma estável (que se apresenta permanente) ou circunstancial (que depende de lugar, tempo e desejo).

Após recentes e diversas discussões, mesmo já tendo sido retirada da lista de doenças mentais pela Organização Mundial de Saúde desde 1990, ficou estabelecido que a homossexualidade não tem cura porque não é doença. Isso deve contribuir para a diminuição do preconceito social.

Os profissionais de saúde, incluindo os psicólogos, sempre puderam (e devem!) atender a pessoa homossexual. O que acontece é que hoje os conselhos federais de medicina e psicologia não podem mais catalogar a homossexualidade como doença, por isso não há tratamento terapêutico de cura ou reversão da sexualidade. Sendo inclusive, terminantemente vedada, por resoluções dos mencionados conselhos, de promessas assim.

Saiba que a dificuldade em ser homossexual não está no desejo em si, mas sim na rejeição pessoal e social. A falta de aceitação e de respeito pela pessoa é que pode contribuir para um desenvolvimento desestruturado e gerar desequilíbrio e promiscuidade. A educação sexual é uma das formas de diminuir o preconceito. Além do amor e cuidado que todos precisamos.

Por fim, ratifico que a homossexualidade não é doença e a pessoa não escolhe a orientação do desejo. Não há opção. A sexualidade simplesmente é. Você pode até não concordar, mas sempre respeitar.

Carolina Freitas - CRP 09 8329 (Inscrição anterior CRP 01 de 13/03/1998 a 05/12/2012)  
Realiza atendimentos Online no Portal SEXOSEMDÚVIDA.com


terça-feira, 4 de março de 2014

27 dúvidas (respondidas) sobre sexo



27 dúvidas (respondidas) sobre sexo
As sexólogas Carolina Freitas e Juliana Bonetti 
e a ginecologista Ana Virginia Manduca responderam às dúvidas das leitoras. Aproveite para esclarecer as suas!



Reportagem: Mariana Gabellini - Edição: MdeMulher

Libido em baixa

1. Sou casada há quatro anos e não sinto mais tesão pelo meu marido. Achava que era hormonal, mas vi que não ao encontrar um ex... O que faço agora?
Reavalie a vida sexual no seu casamento. Pense se você e seu marido querem recriar o vínculo sexual. "Se o desejo sexual existe, você só precisa colocá-lo em prática, com novas fantasias ou posições", ensina Carolina Freitas.
2. Ando sempre cansada para transar. É normal?
Você tem de perceber se está cansada fisicamente ou se está sem desejo sexual. "Conflitos relacionados com amor, sexo e intimidade podem desencadear a diminuição da libido", alerta Carolina.
3. Minha primeira vez não foi legal e perdi a vontade de transar. Como faço para voltar a ter desejo?
Para ter vontade de sexo, você tem de estimular o desejo. "É preciso ter fantasias e pensar em e sobre sexo de forma positiva e divertida. Só assim você se convencerá de que sexo pode ser algo bom!", fala Carolina.

Sexo seguro

4. O que é cancro? É uma doença transmissível?
Sim. Existe o duro, que é uma feridinha indolor na vagina, sintoma da sífilis, e o mole, "que também aparece na forma de feridinha, dessa vez dolorida, na cabeça do pênis, vagina ou ânus", diz a médica.
5. Quero transar na praia. Posso pegar doenças?
Sim. O risco de contrair candidíase e cistite é maior. "A areia aumenta o atrito do pênis com a vagina e ocasiona machucados que, aliados à umidade, favorecem proliferação de fungos e bactérias", afirma Ana Virgínia.
6. Sinto muita ardência quando ele usa camisinha. Será que sou alérgica?
"Algumas pessoas desenvolvem alergia ao látex. Se você tem coceira e vermelhidão, opte por usar camisinhas sem látex", ensina Ana.
7. É normal sentir dor durante o sexo?
"Não. Vá ao médico. A dor pode ter inúmeras causas: de bloqueio psicológico a uma infecção", alerta a ginecologista.

O tal do anal

8. Qual posição é melhor para a primeira vez?
"Nesse caso, é com você de lado, pois a penetração anal não é tão profunda", diz Carolina.
9. Introduzo um pênis de borracha no ânus do meu parceiro. Ele fica superexcitado e eu, mais ainda! Isso é normal?
No mundo das fantasias sexuais, não existe certo e errado. "O fato de vocês dois ficarem excitados com isso não significa que sejam anormais. Estimular o ânus, para muitos homens, é excitante. É uma região erógena", pontua a sexóloga Juliana.

Na hora H...

10. Ele não me beija depois que faço sexo oral nele. E agora?
Isso é comum. "O primeiro passo é entender o porquê. É nojo? É preciso ajudá-lo a quebrar esse tabu", explica Carolina.
11. Meu marido só fica no papai e mamãe. Como estimular seu lado selvagem?
Talvez ele também queira ousar, mas não sabe como. "É preciso ensiná-lo. Sexo se aprende!", diz Carolina.
12. Ele sempre pula as preliminares...
Muitos homens não sabem preparar a mulher para a transa. A orientação de Carolina é falar sobre isso e estimular as carícias.
13. Quero usar brinquedos eróticos. Como sugiro isso a ele?
"Com sinceridade, cuidado e respeito à vontade do outro", afirma Juliana.
14. Ele me xinga e eu não gosto. O que faço?
"Fale de seu mal-estar e procure chegar a um meio-termo sobre o gosto sexual de vocês", pondera Juliana.
15. Como fazer ele melhorar no sexo oral?
Carolina: "Você sabe o que te dá prazer. Então, é só orientá-lo com toques e gemidos".
16. Gemo alto, mas ele é caladão. Como o faço participar mais?
"Fale sobre o assunto para chegar a um acordo bom para os dois", afirma Carolina.
17. Ele tem ejaculação precoce. E agora?
Segundo Carolina, é uma disfunção que acomete um em cada três homens. Incentive-o a ir ao médico. Não faça isso depois da transa, tá?
18. Minha vagina "solta pum". Tem solução?
Fortalecer o assoalho pélvico. Procure um fisioterapeuta.

Fantasias

19. Sou casada e sinto tesão por mulheres. Será que sou lésbica?
"Não necessariamente. Pode ser heterossexual e ter fantasias com pessoas do mesmo sexo", explica Juliana.
20. Sonho com um ménage com outro homem. Como conto isso ao meu marido?
"Sonde-o e, quando estiver confortável, faça o convite", diz Carolina. No sexo, diálogo é fundamental.
21. Vi mulheres ejaculando num filme pornô. Isso é possível?
"Pornôs são cheios de truques. Há mulheres que ejaculam, mas é raro. Não dá para aprender, é fisiológico", diz Juliana.
22. Se for a uma balada liberal, terei que fazer swing também?
"É um espaço onde ocorre a troca de casais e são permitidos solteiros. Caso resolva ir, não será obrigada a fazer nada", tranquiliza a sexóloga Carolina.
23. Ele quer transar junto com outra mulher. Tenho vontade, mas também medo de estragar a relação.
"O medo é um indicativo de que você não está preparada para realizar essa fantasia", alerta Juliana. Pense bem.

Orgasmos. Ui!

24. Qual produto erótico ajuda a chegar lá?
Segundo Carolina, os que fortalecem a musculatura pélvica, como bolinhas de pompoarismo.
25. Sinto tesão, mas nunca gozei. Por quê?
Algum bloqueio emocional deve estar dificultando o orgasmo. "A melhor maneira de atingir o clímax é se conhecer e se permitir fantasiar", diz Juliana.
26. Sonho em ter orgasmos múltiplos... Como eu consigo isso?
Nem toda mulher consegue. "Não existe receita, o importante é relaxar, se conhecer e saber o que te dá mais prazer", afirma Carolina.
27. Dá para fazer massagem com os seios?
Sim. Carolina fala que é bom usar os mamilos para acariciar de forma sensual o corpo dele.

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/amor-sexo/reportagem/esquente-o-clima/27-duvidas-sexo-762502.shtml