segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Escola é fundamental na educação sexual



Escola é fundamental na educação sexual


A partir dos 6 anos de idade, deve-se começar com os conhecimentos básicos sobre o corpo. Conforme a idade, o tema sexualidade vai evoluindo para temas fundamentais como prazer, DST e gravidez fora de hora

O que falar, quando falar, até onde falar? Nem sempre a dúvida está apenas do lado de quem pergunta. Quem responde também pode estar repleto de questões. Quando o assunto éeducação sexual então... Por onde começar? A sexóloga Laura Muller, do time de especialistas do portal Vivo Mais Saudável, pode ajudar a esclarecer o tema. 

Dúvidas frequentes sobre a educação sexual

1. O seu mais recente livro, Educação Sexual em 8 lições – Como orientar da infância à adolescência. Um guia para professores e pais, sugere mais participação da escola e da família. Como psicóloga sexual, você poderia falar sobre a importância disso?

Casa e escola são fundamentais na educação sexual da criança, do pré-adolescente e do adolescente. Os pais são os principais modelos dos filhos e também seu porto seguro. E a escola precisa seguir as orientações e os parâmetros curriculares nacionais, e incluir o tema sexualidade como transversal no ensino a partir dos 6 anos de idade.

2. Hoje, como você avalia a participação da televisão e da internet no acesso de crianças e adolescentes a temas relacionados a sexo e sexualidade?

A televisão, a internet e a mídia como um todo oferecem conteúdos de qualidade, podem ajudar na orientação de crianças, pré-adolescentes, jovens e principalmente dos adultos (pais e orientadores), mas é preciso que o adulto consiga separar o bom conteúdo dos que não são tão saudáveis assim. Há muita coisa negativa neste bombardeio da internet e da mídia e quem vai fazer o papel de filtro - para jovens, pré-adolescentes e crianças - serão os professores e os pais.

3. É possível dividir os conhecimentos sobre sexo importantes de serem abordados com crianças e adolescentes por faixas etárias? Poderia dar dicas que como conduzir a discussão?

Eu falo bastante sobre isso no livro Educação Sexual em 8 lições, onde eu explico como orientar de 0 a 5 anos, de 6 a 11, de 12 a 14 e de 15 a 17. Para a escola a dica é, a partir dos 6 anos de idade, começar com conhecimentos básicos sobre o corpo, como as diferenças entre homens e mulheres e evoluir o conhecimento até que chegue em 3 eixos fundamentais para o jovem saber sobre sexualidade: doenças sexualmente transmissíveis (como evitar e como lidar), a prática do sexo em si (que inclui o afeto, o prazer e a diversidade sexual) e gravidez fora de hora (como evitar e lidar). Tudo deve ser explicado aos poucos, de acordo com a linguagem de cada faixa etária, mas é preciso chegar nestes conteúdos em algum momento, pelo menos a partir da pré-adolescência isto precisa ser bem esclarecido na escola, e a casa vai acompanhar este processo.

4. Como falar sobre diversidade sexual, comportamento sexual e cuidados com assédio, coação sexual e abuso?

Estas são questões bastante delicadas, complexas e doloridas, e a forma de falar desta e de qualquer outra questão é sempre do jeito mais franco, aberto e esclarecedor possível, é assim que a gente deve falar de educação sexual.

5. Mudanças físicas, hormonais e masturbação, como os pais podem se preparar para esta fase de descoberta?

Os pais precisam ter a atitude de buscar informação. O adulto de hoje muito provavelmente não teve aulas de educação sexual em sua infância e adolescência, então precisa se informar, seja em entrevistas como esta, em palestras, em livros, em sites com artigos confiáveis sobre educação sexual como o Vivo Mais Saudável, e no Vivo Sexualidade, onde você recebe dicas e mensagens. Tem muitas fontes que oferecem conteúdo de qualidade, mas os pais precisam buscar estas informações.

Fonte: http://mulher.terra.com.br/vida-a-dois/laura-muller-escola-e-fundamental-na-educacao-sexual,0adc029a21fea410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html

Grupo de Apoio à Amamentação – Oficina de Sling




Grupo de Apoio à Amamentação – Oficina de Sling



No sábado, dia 07 de fevereiro, das 9:30 às 11:30 será o primeiro encontro do ano do Grupo de Apoio à Amamentação, da fonoaudióloga Marianna Barros.

O tema deste encontro será Sling e contará com a presença da querida Karina Santos, da Dona Girafa Baby.

Local: Pitanga “Sabor e Equilíbrio”
Pitanga "Sabor e Equilíbrio"
Rua 70 N 401 Jardim Goiás, próximo a Tv Serra Dourada, 74810-3


Valor: 25,00

Veja abaixo a programação e compareça!

Grupo de Apoio à Amamentação - Programação

-O que é o sling
-Relação sling e amamentação
-Modelos de sling
-Diferença entre sling e canguru
-Benefícios do sling
-Amarrações.

Lembrando que no nosso grupo todo mundo ensina, todo mundo aprende e todo mundo participa. Se você conhece/vende algum tipo de sling, ou conhece algumas amarrações venha compartilhar com a gente!

Outras informações: (62)9980-9975

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Quanto de intimidade, paixão e compromisso existe entre você e seu parceiro amoroso?



Quanto de intimidade, paixão e compromisso existe entre você e seu parceiro amoroso?

 Por Ailton Amélio

A paixão mútua atrai os parceiros amorosos para o relacionamento. A intimidade dá sentido, conteúdo e estabilidade para este relacionamento e ajuda a paixão a se transformar em amor! Os compromissos vão selando essa evolução (namoro, noivado, casamento).

Neste artigo vamos examinar a teoria triangular de Sternberg para descobrir quais são os três ingredientes do amor e quais são os tipos de amor que acontecem quando apenas um, dois ou os três ingredientes do amor estão presentes.

Uso muito essa teoria no meu consultório para fazer uma espécie de radiografia do conteúdo amoroso dos pacientes individuais e casais que procuram terapia.

Ingredientes do amor

Existem muitas teorias que tentam explicar o que é o amor, como ele nasce e quais são os seus tipos. A teoria triangular de Robert J. Sternberg, famoso pesquisador do amor e editor do livro “Psychology of Love” faz algo diferente. Esta teoria apresenta os ingredientes do amor. Segundo essa teoria, o amor é composto por três ingredientes: intimidade, paixão e decisão/compromisso.

O seguinte resumo dessa teoria vai ajudar você a entender o conteúdo do seu amor.

Intimidade

Segundo Sternberg, a intimidade tem os seguintes componentes:
1. Desejo de promover o bem estar do amado
2. Ficar feliz quando está com o amado
3. Ter muita consideração pelo amado
4. Ser capaz de contar com o amado em caso de necessidade
5. Ter compreensão mútua com o amado
6. Compartilhar o que se passa consigo
7. Compartilhar as posses com o amado.
7. Receber e dar suporte emocional para o amado quando há necessidade
8. Comunicar-se íntimamente com o amado
9. Valorizar a presença do amado na própria vida

Paixão
Sternberg usa o termo “paixão” para se referir aos sentimentos românticos, ao desejo sexual e ao prazer sexual. As seguintes questões vão ajudar a avaliar quanto de romantismo, atração sexual e desejo sexual você sente pelo seu parceiro:

Paixão romântica
1- Quão romântico você se sente em relação ao parceiro?
2- Quão frequente você fica imaginando momentos românticos entre vocês dois? Quando você vê um filme romântico, lê um livro romântico ou ouve uma música romântica você fica se imaginando com ele?
3- Quantas vezes você fica olhando para os olhos do seu parceiro e trocando juras de amor com ele?
4- Você gosta de dançar de rosto colado com ele?

Paixão sexual
1- Quanto você deseja sexualmente o seu parceiro?
2- Quanto você gosta do contato físico com ele?
3- Quanto você gosta de fantasiar intimidades sexuais com ele?
4- Quanto de prazer sexual você sente nas relações sexuais com ele?

Decisão/Compromisso
As seguintes questões vão ajudar a avaliar o seu grau de compromisso com seu parceiro:
1- Você espera que o compromisso com o parceiro dure pelo resto da vida?
2- Quão determinada você está para se esforçar para manter esse compromisso?
3- Quão certo você está do seu amor pelo parceiro?
4- Você não consegue se imaginar fora deste relacionamento?
5- Você evita situações que poderiam por em risco o compromisso com seu parceiro?
6- Você imagina que o seu compromisso com o seu parceiro é tão forte que resistiria a grandes provas?

Aspectos importantes da teoria triangular

As intensidades dos três ingredientes do amor variam muito entre os relacionamentos.  Eles podem ser quase nulos, entre duas pessoas que acabaram de se conhecer e não sentem muita atração ou simpatia inicial até imensos, entre duas pessoas que estão apaixonadas, sentem muita atração  sexual mútua, sentem muita amizade uma pela outra e acabaram de se casar com o propósito de permanecerem juntas “até que a morte nos separe”. Sternberg representou essas variações de intensidade através de variações nas áreas e nos comprimentos relativos dos lados do triangulo que representam cada um desses ingredientes (triângulos equiláteros, obtusos, etc.). Um triângulo com uma pequena área representa uma intensidade muito pequena desses três ingredientes. Um triângulo com uma área muito grande representa uma grande intensidade desses três ingredientes.

As intensidades absoluta e relativa dos ingredientes podem ser diferentes para os dois parceiros de um mesmo relacionamento.  Por exemplo, um deles pode sentir muito mais amor romântico e desejo sexual pelo outro do que vice versa. No meu consultório, tenho encontrado muitos casais que reclamam que oferecem mais intimidade e que expressam mais sentimentos românticos pelo outro do que recebem. Muitas vezes também alegam que o outro só quer sexo e que não deseja se separar.

Essa teoria é muito útil para entender o que se passa em diversos tipos de relacionamentos. Vamos examinar agora os tipos de relacionamentos nos quais estão presentes apenas um, dois ou esses três ingredientes do amor.

Tipos de relacionamentos amorosos

Leia as seguintes descrições e veja qual delas mais se aproxima do que se passa entre aquelas pessoas cujo estilo de amor você quer entender.

Nenhum dos três ingredientes do amor está presentes (“Não amor”)
Por exemplo: relações impessoais entre um vendedor e comprador que são neutros em relação ao outro, em termos dos sentimentos de simpatia e atração interpessoal.

Só intimidade (“Gostar”)
Só o ingrediente intimidade está presente. Por exemplo, uma pessoa gosta da outra, quer o seu bem, aceita-a como ela é, fornece-lhe apoio e gosta de conversar com ela, mas não sente nada na área romântica e sexual por ela e não tem nenhum compromisso amoroso com ela.
A intimidade pode estar presente em diversos tipos de relacionamento como, por exemplo, na amizade e em relacionamentos entre parentes. Vários dos seus aspectos também estão presentes no relacionamento entre psicólogos e seus pacientes: estes compartilham suas intimidades com aqueles. O vice versa não está previsto neste tipo de relacionamento.

Só paixão (“Paixão”)
Para Sternberg, o termo “paixão” inclui tanto o romantismo como o desejo sexual. Há paixão quando uma pessoa tem fortes sentimentos românticos por outra: pensa nela o tempo todo, fantasia que está namorando com ela e passa horas analisando os detalhes dos encontros. Uma pessoa tem desejo sexual por outra quando desenvolve fantasias sexuais nas quais ela está envolvida  e sente excitação sexual na sua presença ou quando antecipa que vai encontrá-la.

Só compromisso (“Amor vazio”) 
Curiosamente, o compromisso pode ser o único desses três ingredientes do amor que está presente tanto no início (menos comum) como no fim dos relacionamentos. Por exemplo, ele é o primeiro que está presente nos casamentos arranjados onde os noivos não se conheciam anteriormente. 
O compromisso é o último ingrediente que ainda está presente em certos relacionamentos onde a intimidade, o romantismo e o desejo sexual, que existiram um dia, acabaram, mas os parceiros ainda permanecem casados.

Intimidade e paixão ("Amor romântico" )
O compromisso está ausente neste tipo de amor. São relacionamentos onde os encontros são intensos, cheios de romance, sexo e intimimidades. O casal, no entanto, não faz planos, não age de forma comprometedora (por exemplo, os parceiros não apresentam o outro para os amigos e familiares e não marcam quando vão se encontrar novamente).

Intimidade e compromisso (“Amor companheiro”)
Neste tipo de amor só existem a intimidade e o compromisso. O romantisco e o desejo sexual não ocupam papéis muito importantes neste tipo de amor.
Este tipo de amor é aquele que ocorre com os “estórgicos” (amor cujo cerne é a amizade, segundo a classificação de John Alan Lee – veja o meu artigo a este respeito, publicado neste blog). Este tipo de amor também ocorre bastante com pessoas casada há muito tempo: a paixão e o desejo sexual foram ficando cada vez mais fracos.

Paixão e compromisso (“Amor fulgaz”)
Amor fugaz pode ser exemplificado por um repentino namoro e casamento. Este tipo de amor ocorre com aquelas pessoas que assim que conheceram foram tomadas por uma intensa paixão mútua e se casaram (Em Las Vegas, nos EUA, acontecem muitos casamentos deste tipo). Com muita sorte, esta paixão se transforma em amor. Em uma grande quantidade de casos, a idealizaçao do parceiro que deu margem à paixão não resiste ao convívio e, ai então, a intimidade não se desenvolve, a paixão não deságua no amor e deixa de existir e o compromisso é rompido.  

Intimidade, paixão e compromisso (“Amor completo”)
Todos os três ingredientes do amor estão presentes em uma boa intensidade neste tipo de amor.
O amor completo é considerado como o tipo ideal. De acordo com Sternberg, aqueles casais que têm esse tipo de amor também têm muito mais chances de serem felizes, são amigos entre si, têm muitos anos de relações sexuais, não conseguem se imaginar felizes com qualquer outra pessoa, ultrapassam dificuldades, e ambos se encantam no relacionamento com o outro.

NOTA
Para ler mais sobre essa teoria e fazer um teste para avaliar os ingredientes do seu amor, leia o artigo: “Versão brasileira da escala triangular do amor de Sternberg” de Vicente Cassepp-Borges e Maycoln L. M. Teodoro: http://www.scielo.br/pdf/prc/v20n3/a20v20n3.pdf

Fonte: http://ailtonamelio.blog.uol.com.br/