Pensando a sexualidade:
“Muletas”
Psicóloga e Sexóloga
Carolina Freitas
Artigo publicado em AmbSex –
Ambulatório de Sexualidade
Será que o que
falamos condiz com o que fazemos e acreditamos sexualmente? Como utilizamos
instrumentos conceituais? De forma a validar nossos comportamentos ou apenas
conceituá-los ao invés de mudá-los?
Utilizamos A MORAL de forma a manter o sistema, a civilidade e o progresso; A NATUREZA e suas leis naturais; A EDUCAÇÃO ditada pelos adultos; A RESPONSABILIDADE resignificando a culpa; A MATURIDADE retomando o poder do adulto; O DEVER E O SACRIFÍCIO em detrimento do prazer e do desejo; A INOCÊNCIA, um direito da criança; A PUREZA, idealizando a maternidade e a dedicação ao marido; O PUDOR resignificando o medo da agressão e da desaprovação sexual; e, O ALTRUÍSMO resignificando o egoísmo no prazer.
Seguramos estas “muletas” a fim de mantermos a tradição da educação sexual. E, como a um hábito, nos acostumamos à repressão e consequentemente a sublimar nossos desejos, produzindo. E a produção sufoca a sexualidade transformando-a em genitalidade, o que como consequência se converte em natalidade.
Esta negação da sexualidade é controlada de forma a manter a culpa através do pecado e manter, também, a repugnação pelo próprio corpo, utilizando-o apenas como instrumento de prestígio e procriação, não de prazer e relação com o outro. O prazer do corpo é substituído pelo prazer da compra, pelo poder do dinheiro. Favorecendo, então, a visão de corpo como objeto de consumo, que através de uma hierarquia incontestável é mantida pela moral e pela dependência econômica, onde aquele que tem o poder tem o direito de uso.
Utilizamos A MORAL de forma a manter o sistema, a civilidade e o progresso; A NATUREZA e suas leis naturais; A EDUCAÇÃO ditada pelos adultos; A RESPONSABILIDADE resignificando a culpa; A MATURIDADE retomando o poder do adulto; O DEVER E O SACRIFÍCIO em detrimento do prazer e do desejo; A INOCÊNCIA, um direito da criança; A PUREZA, idealizando a maternidade e a dedicação ao marido; O PUDOR resignificando o medo da agressão e da desaprovação sexual; e, O ALTRUÍSMO resignificando o egoísmo no prazer.
Seguramos estas “muletas” a fim de mantermos a tradição da educação sexual. E, como a um hábito, nos acostumamos à repressão e consequentemente a sublimar nossos desejos, produzindo. E a produção sufoca a sexualidade transformando-a em genitalidade, o que como consequência se converte em natalidade.
Esta negação da sexualidade é controlada de forma a manter a culpa através do pecado e manter, também, a repugnação pelo próprio corpo, utilizando-o apenas como instrumento de prestígio e procriação, não de prazer e relação com o outro. O prazer do corpo é substituído pelo prazer da compra, pelo poder do dinheiro. Favorecendo, então, a visão de corpo como objeto de consumo, que através de uma hierarquia incontestável é mantida pela moral e pela dependência econômica, onde aquele que tem o poder tem o direito de uso.
E você? Como vai o
seu prazer?
Fonte: http://ambsex.com.br/aspx/Artigos/15/pensando-a-sexualidade_-muletas-.aspx
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