Por Carolina Freitas
Mestre em Psicologia, Psicóloga,
Sexóloga, Especialista em Educação Sexual
Esta é uma pergunta recorrente em sala de aula,
quando trabalho Educação para a Sexualidade. No meio de infinitas dúvidas
quanto à iniciação sexual, um dos dilemas do mundo adolescente é quanto ao tamanho
do pênis.
De onde vem esta preocupação? Provavelmente do
mito que o pênis grande dá mais prazer, que vem sendo passado de geração em
geração. Como estão na puberdade, as mudanças corporais (e psicológicas) que se
iniciam trazem consigo um medo recorrente nos meninos, o do tamanho do pênis.
Onde vão procurar informação? O primeiro lugar tem
sido a internet. Porém, é um espaço que requer cautela, pois encontramos
referências boas e ruins. E, sem conhecimento prévio, a tendência é se deparar
com informações distorcidas.
O que devemos passar para estes meninos é que a
relação sexual vai para além do tamanho do pênis e da penetração. Requer
conhecimento do próprio corpo, do corpo do outro, de envolvimento e respeito.
Somente desta forma estaremos criando pessoas para terem uma saúde sexual
saudável e bons relacionamentos.
É importante conscientizar que o tamanho do pênis não
tem essa relevância que a nossa cultura afirma. Que esta preocupação, se
excessiva, pode trazer medo de desempenho. E ainda, que nenhum procedimento
para aumento de pênis é eficaz, inclusive pode trazer problemas quanto ao
funcionamento. Logo, ratifico, o prazer sexual não está no tamanho do pênis e
sim no envolvimento.
Assim, é importante os adolescentes saberem que o
tamanho do pênis não tem relação direta com o desempenho sexual e que o tamanho
do pênis sem ereção não determina o tamanho em ereção. E passar a informação
que a vagina é elástica, por ser músculo acomoda qualquer tamanho de pênis. O
prazer está no primeiro terço da vagina, não no fundo. Inclusive, pênis muito
grande pode incomodar no ato sexual, caso toque o colo do útero. No Brasil, a
média é de 14 cm em ereção – entre 11cm e 16cm.
Por uma educação sexual de qualidade para
nossos(as) adolescentes é preciso passar a informação correta e conscientizar.
Só assim vamos primar por uma saúde sexual saudável, pois desta forma evitamos
dificuldades sexuais na vida adulta.
Carolina Freitas
Psicóloga, Sexóloga, Especialista em Educação
Sexual CRP 09/8329
Texto publicado originalmente em Sexo Sem Dúvida
Nenhum comentário:
Postar um comentário