domingo, 17 de novembro de 2013

COMO POTENCIALIZAR ORGASMOS NAS MULHERES



COMO POTENCIALIZAR ORGASMOS NAS MULHERES
Um manual para homens sobre como aumentar 
o prazer da mulher.


O terapeuta sexual Marlon Mattedi lança um manual com dicas práticas para os homens sobre como aumentar o prazer feminino e potencializar orgasmos nas mulheres

Trechos

"De cada dez mulheres aproximadamente oito não sentem orgasmo unicamente por receber a estimulação do pênis. Elas precisam de outros estímulos..."

"Você já observou quais são os 5 lugares estatisticamente mais tatuados pelas mulheres no próprio corpo? São áreas extremamente sensíveis a qualquer estímulo. Elas são..."

"Os três maiores pontos de estimulação feminina a nível genital não são tocados com a penetração do pênis. Para estimulá-los é necessário..."

"Um bom número de mulheres tem dificuldade em alcançar sequer um único orgasmo, imagine múltiplos. Falaremos aqui de múltiplos orgasmos..."

"Ensinam erroneamente que mulheres tem excitação mais lenta. Elas não são mais lentas. Isto só ocorre porque os estímulos não são adequados..."

Sobre o Autor :
Marlon Mattedi é uma das referências brasileiras em sexualidade humana, tendo uma experiência de mais de 10.000 atendimentos clínicos ajudando pessoas a melhorarem sua vida sexual. Psicólogo Pós-graduado em Terapia Sexual pelo Instituto Brasileiro de Sexologia e Medicina Psicossomática de São Paulo(ISEXP) e Faculdade de Medicina do ABC - São Paulo - Brasil. Especialista em Sexualidade pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH), São Paulo. Especialista em Orientação e Terapia Sexual pela Fundação Sexpol de Madrid/Espanha, instituto vinculado a Sociedade Européia(FES) e a Sociedade Mundial de Sexualidade Humana(WAS).


Em breve um conhecimento valioso estará a sua disposição. Receba o manual em pdf por e-mail. Entre em: SexoSemDuvida.com


 
 


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Você sabe usar a pílula do dia seguinte?



Você sabe usar a pílula do dia seguinte?


Por Carolina Freitas
Mestre em Psicologia, Psicóloga, Sexóloga, especialista em Educação Sexual
 Em Saúde Sexual – Portal SEXOSEMDUVIDA.com


A contracepção de emergência é um método que vem sendo utilizado de forma ampla e errada. Seu uso tem se tornado excessivo e sem orientação médica. Esse mau uso pode oferecer diversos riscos. Vamos entender um pouco mais.

A pílula do dia seguinte deve ser usada em situações específica, como: a camisinha furou, você teve relação sexual sem nenhuma proteção, sofreu violência sexual, o diafragma saiu do lugar, esqueceu-se de tomar a pílula. É um método pontual, que pode ser utilizado pelas mulheres, com orientação médica, para evitar a gravidez indesejada.

A contracepção de emergência consiste em duas pílulas, sendo que a primeira deve ser ingerida até 72 horas após a relação sexual e a segunda deve ser ingerida 12 horas após a primeira. Hoje já existe também a pílula de uma única dose. Para aumentar a eficácia do método deve-se tomar a primeira pílula nas primeiras 24 horas após a relação sexual. Como todos os métodos disponíveis para se evitar uma gravidez a contracepção de emergência não é 100% eficaz.

A pílula do dia seguinte pode causar algumas reações adversas como, dor nas mamas, dor de cabeça, alteração no ciclo menstrual, cansaço, hemorragia, náuseas e vômitos. Ainda estão sendo avaliados os riscos de complicações vasculares e produção de malformações no feto. Assim, a contracepção de emergência não deve ser usada continuamente, muitos são seus efeitos colaterais ainda desconhecidos.

Como o próprio nome diz, a contracepção de emergência deve ser utilizada apenas em caso de emergência. Não deve ser usado como método anticoncepcional, nem de forma contínua. Pois, seu uso não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis e além de seus efeitos colaterais ainda serem desconhecidos, ser usado de forma regular pode torna-lo pouco eficaz.

Vale ressaltar que o uso da pílula do dia seguinte não interfere no prazer sexual. As mulheres devem ter em mente que para terem uma vida sexual plena e prazerosa deve-se primar pelo máximo de prazer com o mínimo de riscos, como as DST’s e uma possível gravidez indesejada. Informe-se, sempre, sobre contracepção, e se entregue ao prazer! Para te ajudar nessa escolha, existem profissionais da educação e da saúde que prezam pela orientação e informação, com respeito.

Carolina Freitas
Psicóloga CRP 09/8329



quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O amor múltiplo



O amor múltiplo

A relação que envolve três, quatro ou até mais pessoas ganhou até nome: poliamor. Amplamente estudada por especialistas, ela tem conquistado cada vez mais adeptos 



Por Rafael Campos – Correio Braziliense


Quantas alianças cabem em um dedo anelar? Aos que creem no amor monogâmico — e, sob esse olhar, eterno —, apenas uma. Ao optar pelo "sim", poucos casais imaginam que um terceiro elemento possa entrar na relação. Muitos encaram o relacionamento convencional como a celebração do sentimento. Outros, como imposição social. E vivem um casamento em que dois querem ser um. O bombeiro militar Marcelo Santos, 26 anos, não pensa assim. Depois de viver um relacionamento com outras quatro pessoas (três mulheres e mais um homem), ele entendeu que sua capacidade de amar não era restrita a apenas um, mas a vários alvos.

"Quando percebi que tinha esse tipo de sentimento dentro de mim, busquei reprimi-lo, pois considerei errado devido às travas sociais. Depois, uma amiga me falou do termo poliamor e comecei a pesquisar. Há seis meses tenho certeza que esse é o meu caso." O poliamor é uma definição nova para algo antigo: as relações que envolvem não apenas duas, mas três, quatro ou mais pessoas.

A diferença, atualmente, é a forma como todos lidam com essa decisão. "É uma nova forma de conjugalidade: é um modelo de relacionamento em que qualquer pessoa pode amar e ser amada, desde que haja consentimento entre todos os envolvidos", explica Sandra Elisa de Assis Freire, doutora em psicologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e, atualmente, pesquisadora do poliamor. Ela é direta: a poliafetividade não é o fim da monogamia. "A discussão atual existe para tirar essas pessoas do armário. É apenas uma outra forma de amar."

Aceitar-se como poliafetivo não envolve apenas o entendimento de si. Diferentemente de assumir a própria sexualidade, nesse caso, muitas vezes, é preciso convencer os pares que a experiência pode ser válida. Ou tentar desvendar o poliafetivo no outro. Esse não foi o caso do ex-marido da supervisora administrativa de recursos humanos Andreza Hack de Abreu, de 37 anos. Ela viveu por 11 anos um casamento no qual foi traída várias vezes, ao ponto de o ex-companheiro ter tido dois filhos com outra mulher. Ela garante que esse momento, em vez de traumático, a fez perceber que dividir o outro era algo buscado desde muito nova.

"Acho que todos na adolescência já se sentiram divididos entre dois amores — eu, pelo menos, sim. Antes de conhecer esse termo, poliamor, achava que era saber separar o amor do sexo com os ‘outros’. No meu casamento, os momentos em que ele estava comigo me bastavam. E, quando não estava comigo, eu sabia que estava na casa da ‘fulana’, mesmo ele não admitindo." Hoje, ela mantém uma relação poliafetiva de fato, na qual os termos são conversados entre os três — ela, uma amiga e outro homem —, sem a sombra de uma relação extraconjugal.

"A experiência é maravilhosa, realmente não me imagino mais numa relação ‘normal’, ou até mesmo hipócrita, diria. No poliamor, temos a distinção de lealdade e fidelidade." A grande dificuldade dos que decidem aceitar a poliafetividade é mostrar que ela não nega o amor. As idealizações que envolvem o amor romântico tendem a crucificar quem foge dele.

Monogomia sequencial
Para o advogado e psicólogo Luiz Fernando Carvalho Maciel, a tendência é que haja, cada vez mais, diversificação nos tipos de relacionamento, que vão além dos relacionamentos poliafetivos. Essa diversificação, inclusive, é que garante a manutenção do amor romântico. Isso, afirma ele, se reflete nas decisões judiciais que, cada vez mais, se adaptam e se adequam às novas realidades sociais surgidas. A Justiça tem olhado com outros olhos, inclusive, os casos de relacionamentos extraconjugais. "Atualmente, vivenciamos uma época em que aparece com um certo padrão a denominada ‘monogamia sequencial’, caracterizada por mais de um relacionamento ‘monogâmico’ no decorrer da vida. Mas tal padrão não excluiria outras possibilidades, como o poliamor. E sempre vão existir aqueles que buscam um amor romântico." As questões judiciais, inclusive, são um dos maiores problemas que afetam os que mantêm relações poliafetivas. A novidade do termo não exclui milhares de mulheres tidas como amantes e que, quando perdem o companheiro, não têm direito algum. "O nome é novo, mas a realidade é antiga. A reação dentro de uma sociedade extremamente conservadora, como a nossa, é a tendência a não reconhecer nenhum direito à essa outra. Tudo que fugia ao modelo convencional não era reconhecido. É uma forma de punir: eu te condeno a não existir e não te dou direito nenhum", garante a advogada e juíza aposentada Maria Berenice Dias. Para ela, não se pode negar a poliafetividade nesses casos, já que, na maioria deles, as duas mulheres sabiam do que estava acontecendo. "Não há como falar em família, mas em famílias. Elas existem fora do casamento. No momento em que o homem mantém duas famílias, ele precisa ser responsabilizado pelas duas. A Justiça é conivente com esse homem. Acho uma postura absolutamente equivocada e antiética. É a consequência perversa dessa condenação à invisibilidade."

Preconceito e liberdade
As questões jurídicas ficam truncadas quando o casal em questão é homossexual. Mas para Mário, 25 anos, e Luiz (nomes fictícios), 30, o mais importante é manter o diálogo dentro de casa. Com seis anos de relacionamento, os dois compreendem a separação entre desejo e amor e conseguem manter pequenos momentos com outras pessoas em uma forma de poliamor que, não necessariamente, exige um relacionamento longo. "Tivemos apenas um caso em que ficamos quase namorando alguém, por três meses. Era um amigo que já tínhamos e que, depois de muita conversa sobre isso, rolou um interesse entre os três e começamos a ficar. A gente se aproximou naturalmente", afirma Mário. Eles contam que essa não era uma busca na relação e que, ao começarem a sentir essa vontade, prontamente dialogaram para, juntos, compreenderem os desejos um do outro.

Para Luiz, essa compreensão do que o outro espera, inclusive em relação a outras pessoas, garante um olhar diferente sobre o que pode ser considerado uma traição. Ele afirma que a facilidade em conversar tudo com Mário dá a eles uma possibilidade de ver os ciúmes sob outra ótica. "Discutir ciúmes, atrações, problemas de casa, pagar contas, isso é que sedimenta uma relação. Hoje, é muito difícil entender como alguém sente ciúmes e como eles se propõem a trair." Apesar de assumidos em sua orientação sexual, eles garantem que ainda não falam abertamente sobre suas experiências poliafetivas. O cerne da decisão, claro, parte do preconceito social que ainda caminha para aceitar a união homoafetiva como familiar.

Luiz Fernando Carvalho Maciel garante que ainda estamos em um processo de libertação do domínio masculino no que toca o conceito de família. Isso, inclusive, é um passo importante para que as relações poliafetivas femininas, como em Dona Flor e seus dois maridos, possam ser vistas com maior naturalidade. "Pensar na aceitação efetiva de outros modelos de relacionamento ainda depende do constante questionamento a respeito das realidades históricas, sociais e de manutenção de poder em sentido amplo (no caso, do homem)."

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2013/10/27/interna_revista_correio,394085/o-amor-multiplo.shtml