Escola é fundamental na educação sexual
A partir dos 6
anos de idade, deve-se começar com os conhecimentos básicos sobre o corpo.
Conforme a idade, o tema sexualidade vai evoluindo para temas fundamentais como
prazer, DST e gravidez fora de hora
O que falar, quando falar, até
onde falar? Nem sempre a dúvida está apenas do lado de quem pergunta. Quem
responde também pode estar repleto de questões. Quando o assunto éeducação
sexual então... Por onde começar? A sexóloga Laura Muller, do time de
especialistas do portal Vivo Mais Saudável, pode ajudar a esclarecer o
tema.
Dúvidas frequentes sobre a
educação sexual
1. O seu mais recente livro, Educação
Sexual em 8 lições – Como orientar da infância à adolescência. Um guia para
professores e pais, sugere mais participação da escola e da família. Como
psicóloga sexual, você poderia falar sobre a importância disso?
Casa e escola são fundamentais
na educação sexual da criança, do pré-adolescente e do adolescente.
Os pais são os principais modelos dos filhos e também seu porto seguro. E a
escola precisa seguir as orientações e os parâmetros curriculares nacionais, e
incluir o tema sexualidade como transversal no ensino a partir dos 6
anos de idade.
2. Hoje, como você avalia a
participação da televisão e da internet no acesso de crianças e adolescentes a
temas relacionados a sexo e sexualidade?
A televisão, a internet e a
mídia como um todo oferecem conteúdos de qualidade, podem ajudar na orientação de
crianças, pré-adolescentes, jovens e principalmente dos adultos (pais e
orientadores), mas é preciso que o adulto consiga separar o bom conteúdo dos
que não são tão saudáveis assim. Há muita coisa negativa neste bombardeio da
internet e da mídia e quem vai fazer o papel de filtro - para jovens,
pré-adolescentes e crianças - serão os professores e os pais.
3. É possível dividir os
conhecimentos sobre sexo importantes de serem abordados com crianças e
adolescentes por faixas etárias? Poderia dar dicas que como conduzir a
discussão?
Eu falo bastante sobre isso no
livro Educação Sexual em 8 lições, onde eu explico como orientar de
0 a 5 anos, de 6 a 11, de 12 a 14 e de 15 a 17. Para a escola a dica é, a
partir dos 6 anos de idade, começar com conhecimentos básicos sobre o corpo,
como as diferenças entre homens e mulheres e evoluir o conhecimento até que
chegue em 3 eixos fundamentais para o jovem saber sobre sexualidade:
doenças sexualmente transmissíveis (como evitar e como lidar), a prática do
sexo em si (que inclui o afeto, o prazer e a diversidade sexual) e gravidez
fora de hora (como evitar e lidar). Tudo deve ser explicado aos poucos, de
acordo com a linguagem de cada faixa etária, mas é preciso chegar nestes
conteúdos em algum momento, pelo menos a partir da pré-adolescência isto
precisa ser bem esclarecido na escola, e a casa vai acompanhar este processo.
4. Como falar sobre
diversidade sexual, comportamento sexual e cuidados com assédio, coação sexual
e abuso?
Estas são questões bastante
delicadas, complexas e doloridas, e a forma de falar desta e de qualquer outra
questão é sempre do jeito mais franco, aberto e esclarecedor possível, é assim
que a gente deve falar de educação sexual.
5. Mudanças físicas, hormonais
e masturbação, como os pais podem se preparar para esta fase de descoberta?
Os pais precisam ter a atitude
de buscar informação. O adulto de hoje muito provavelmente não teve aulas
de educação sexual em sua infância e adolescência, então precisa se
informar, seja em entrevistas como esta, em palestras, em livros, em sites com
artigos confiáveis sobre educação sexual como o Vivo Mais Saudável, e no
Vivo Sexualidade, onde você recebe dicas e mensagens. Tem muitas fontes que
oferecem conteúdo de qualidade, mas os pais precisam buscar estas informações.
Fonte: http://mulher.terra.com.br/vida-a-dois/laura-muller-escola-e-fundamental-na-educacao-sexual,0adc029a21fea410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html
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